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Entenda a Fotofobia

A fotofobia, sensibilidade ou intolerância à luz, pode ocorrer em decorrência de algumas doenças nos olhos, ou então, resultar apenas de uma maior “irritação” com a luz, por parte de determinadas pessoas, como por exemplo as que possuem olhos claros.

As principais doenças oculares associadas a maior sensibilidade à luz são: conjuntivite, uveíte, ceratite, úlcera de córnea, episclerite, esclerite, glaucoma, ceratocone, astigmatismo, alergia ocular, entre outras. Esse sintoma também pode estar associado a doenças que não afetam diretamente os olhos, tais como: meningite, sinusite e enxaqueca.

Para o alívio desse sintoma é importante usar óculos escuros com proteção ultravioleta adequada, que é uma medida simples mas bastante eficaz.

Para a luz solar intensa, considere a utilização de óculos polarizados. Estas lentes oferecem proteção extra contra os reflexos de luz causados pela água, areia, neve, entre outras superfícies refletoras. As lentes fotossensíveis são outra solução para a sensibilidade moderada ao sol. Estas lentes escurecem automaticamente ao ar livre e permitem bloquear os raios UV do sol.

Usar chapéus com abas largas pode também ser bastante útil, fundamentalmente, nos dias com maior exposição ao sol e nas pessoas mais sensíveis.

Em casos extremos, pode ser considerado o uso de lentes de contato estéticas, que são coloridas e que podem reduzir a quantidade de luz que entra nos olhos aliviando assim a sintomatologia.

Evitar a luz solar, escurecendo a casa ou ambiente, é uma medida que também ajudará quando a sintomatologia é mais exacerbada.

Cuide bem dos seus olhos e na vigência de fotofobia, consulte um oftalmologista.

Entenda o Daltonismo

O daltonismo é uma condição visual em que a pessoa não consegue identificar certas cores.

A principal característica é a dificuldade de distinguir o vermelho e o verde e, com menos frequência, o azul e o amarelo.

Na maioria das vezes, o daltonismo é causado por uma questão genética.

São características encontradas nas pessoas daltônicas: dificuldade em distinguir as cores; incapacidade de ver tons ou tons da mesma cor e presença de movimentos oculares rápidos (em casos raros).

A doença se manifesta na infância e pode ser percebida pela escola ou até mesmo pelos pais.

Há vários tipos de daltônicos, 75% não identificam a cor verde (deutanopia), 24% têm dificuldade em enxergar a cor vermelha (protanopia) e 1% não veem a cor azul (tritanopia). E ainda existe um caso mais raro, que são aqueles que não reconhecem nenhuma cor primária e enxerga tudo em preto e branco, são os acromatas.

O daltonismo não tem cura, porém, o estilo de vida da pessoa pode ser adaptado para que tenha uma vida próxima do normal e sem dificuldades, podendo ser indicado pelo oftalmologista o uso de óculos para o daltonismo, por exemplo.

Normalmente a partir dos 3 anos de idade pode-se suspeitar de que a criança seja daltônica quando não é capaz de identificar corretamente as cores, mas geralmente seu diagnóstico é feito mais tarde, quando ela já colabora melhor com o teste, identificando melhor as figuras e os números do teste.

O diagnóstico dessa alteração pode ser feito através de testes que permitem avaliar a capacidade da pessoa em diferenciar as cores.

A seguir teremos alguns testes que são utilizados. Na dúvida, procure sempre um especialista oftalmologista:

Visão Dupla

A visão dupla, também conhecida como diplopia é um sintoma oftalmológico e pode estar associada a algumas doenças oculares, sistêmicas e neurológicas.

Ela ocorre quando uma pessoa enxerga uma imagem como se fossem duas, tanto no plano horizontal ( uma imagem do lado da outra) como no plano vertical ( uma imagem em cima da outra). Acomete principalmente, os adultos e, muitas vezes, melhora de forma espontânea.

Há dois tipos de diplopia: a monocular, quando o sintoma se dá através de um olho só, e a binocular, quando atinge os dois olhos.

As causas podem ser: problemas oculares( miopia, astigmatismo, estrabismo, catarata, ceratocone), doenças preexistentes( diabetes, hipertensão) e causas neurológicas( isquemia, hemorragia, tumores , esclerose múltipla, miastenia), entre outros.

A visão dupla, muitas vezes pode ser um sinal de alerta, de que a saúde do indivíduo não está bem.

Dessa forma, , se você está com visão dupla, procure um oftalmologista imediatamente, para iniciar o quanto antes, uma investigação detalhada.

Porque enxergar bem é viver bem!

Miopia

Miopia é o distúrbio visual que acarreta uma focalização da imagem antes desta chegar à retina.

Uma pessoa míope consegue ver objetos próximos com nitidez, mas os distantes são visualizados como se estivessem embaçados (desfocados).

A Miopia é o distúrbio refrativo (“grau”) mais comum em todo o mundo. Crianças cujos pais são míopes tem maior chance de desenvolver miopia. A miopia geralmente desenvolve-se entre os 8-14 anos podendo progredir até os 20-25 anos de idade. Nem tudo é ruim na vida de um míope.

Após os 40 anos todos nós apresentamos algum grau de presbiopia (ou vista cansada). Essa presbiopia dificulta a leitura de perto de letras pequenas. Enquanto todas as outras pessoas precisarão colocar um óculos para ler, o míope terá a opção de tirar o óculos para ler. Quando a pessoa apresenta um grau de miopia muito alto (maior do que 6 graus) isso ocorre devido ao globo ocular ser muito grande. Esse aumento do olho pode causar algumas alterações na retina que comprometem a visão da pessoa.

Imagine a retina como um tecido muito fino. Quando o olho cresce (como no caso dos alto míopes) a retina não cresce junto e pode “esgarçar”, “rasgar”, ocasionando o descolamento de retina.

Devido a isso, todo paciente míope deve realizar um exame de mapeamento de retina anualmente com o objetivo de prevenir um possível descolamento de retina.

Miopia não é uma doença e portanto não existe uma “cura para a miopia”. Mas existem vários métodos para corrigí-la, através do uso de óculos, lentes de contato ou cirurgia para correção da miopia.

Visite o seu oftalmologista anualmente e descubra se possui algum grau que precisa ser corrigido. Porque enxergar bem muda tudo!

Vista Cansada

Com o envelhecimento, vamos perdendo a capacidade de ajuste do foco de visão para perto, que é a presbiopia ou vista cansada. Surge por volta dos 40 anos de idade, fazendo com que o indivíduo precise do uso de óculos para perto. 

Aproveito o tema , para também falar sobre um assunto muito atual , que é o desconforto visual  e o  uso excessivo de telas. Com a pandemia, muitas pessoas necessitaram aumentar suas horas de leitura , principalmente no computador.

Dessa forma, darei algumas  dicas  valiosas para  uma leitura mais confortável. 

Seguir a regra 20/20/20 ajudará bastante, principalmente para quem necessita usar telas 8h ou mais por dia.

Como funciona? A cada 20 minutos de leitura ou de uso de dispositivos eletrônicos, devemos fazer uma pausa de 20 segundos olhando para uma distância de 20 pés, que equivale a mais ou menos seis metros. Não  devemos nos esquecer de piscar com maior frequência, para manter uma boa lubrificação dos olhos. As saídas de ar-condicionado ou ventilador próximo aos olhos , devem ser evitadas, pois ambos fazem a lágrima evaporar mais rápido.

Realizar leitura sob uma  boa fonte de iluminação  é fundamental. Muito importante  ressaltar,  que na vigência que qualquer dificuldade visual ou desconforto ocular,  um oftalmologista  deve ser consultado.

Agora é seguir as dicas e boa leitura!

Lentes de Contato

Usar lentes de contato exige não somente o  treinamento, mas cuidados com o  manuseio e limpeza, que devem ser diários.

O risco de contaminação e surgimento de infecções oculares aumentam muito quando as orientações não são seguidas. Sempre oriento dar preferência ao uso de  óculos, porém, alguns  pacientes beneficiam-se do uso das lentes de contato,  como os portadores de doenças corneanas e que  possuem grau muito elevado. 

Dessa forma, antes  de manipular as lentes, a primeira coisa a fazer é lavar as mãos.

É essencial manter a higienização, respeitar o tempo de descarte das lentes, que pode ser diário, mensal ou anual, e o número de horas de utilização prescrito por dia.

O período máximo preconizado  é de 8 horas por dia. Muito importante ressaltar que a limpeza deve também  incluir a higienização do estojo e utilizar solução multiuso específica para cada tipo de lente.

Na existência de qualquer desconforto ocular,  as lentes devem ser retiradas e o paciente ser avaliado por seu oftalmologista.

Visão Subnormal ou Baixa Visão

Visão Subnormal ou Baixa Visão ocorre quando há uma grande perda da visão (visão abaixo de 20% nos dois olhos), mas com alguma funcionalidade preservada (ao contrário da cegueira). Segundo Relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca de quatro milhões de pessoas sofrem deste mal.

Quando bem orientado por um oftalmologista o paciente com visão subnormal pode ter pode ser sua vida facilitada e conseguir enxergar e ser capaz de ler tipos impressos ampliados com auxílios ópticos, que são aparelhos especiais que ampliam consideravelmente a visão.

Atenção! Muitas vezes, por falta de conhecimento ou orientação, os pacientes com Baixa Visão se sentem desestimulados e sem perspectiva de melhora na qualidade de vida, pois deixam de aproveitar seu resíduo visual através da adaptação de recursos.

Os recursos servem para melhorar o desempenho visual do paciente com visão subnormal e dessa forma a sua qualidade e vida.

De acordo com a Deficiência Visual apresentada, pode se lançar mão de recursos que ampliem a imagem retiniana, que desloquem a imagem retiniana para a área do campo visual preservada, que condensem a imagem retiniana ou que filtrem determinados feixes de luz a fim de aumentar o contraste e conforto.

Não deixe de enxergar as belezas da vida, procure um oftalmologista!

Glaucoma

O glaucoma é uma doença ocular que provoca lesão no nervo óptico e alteração no campo visual, podendo levar à cegueira.

É a principal causa de cegueira irreversível no mundo e aproximadamente 1 milhão de brasileiros são acometidos pela doença. Na maioria dos casos, vem acompanhado de pressão intraocular elevada, mas pode ocorrer glaucoma de “baixa pressão”.

O Glaucoma pode ser congênito, quando presente ao nascimento, ocasionando nos recém-nascidos globos oculares aumentados, córneas embaçadas e o tratamento neste caso é cirúrgico. Existe também o glaucoma secundário, que pode ocorrer após cirurgia ocular, catarata avançada, uveítes, diabetes, traumas ou uso de corticoides. Além disso, existe o glaucoma crônico, que costuma atingir pessoas acima de 40 anos de idade e uma das causas pode ser obstrução do escoamento de um líquido que existe dentro do olho chamado humor aquoso.

Os principais fatores de risco são: predisposição genética, parente de 1° grau com glaucoma, idade avançada , pressão ocular elevada,afrodescendência e espessura da córnea fina. No glaucoma crônico, os sintomas costumam aparecer em fase avançada, isto é, o paciente não nota a perda de visão até vivenciar a “visão tubular”, que ocorre quando há grande perda do campo visual (perda irreversível).

Quando a doença não é tratada, pode levar à cegueira, por isso o exame oftalmológico anual, preventivo, é fundamental para detecção e tratamento precoce.

Em geral o tratamento é realizado por meio de colírios e laser, entretanto, caso o tratamento clínico não apresente resultados satisfatórios a cirurgia torna-se uma opção.

Transplante de Córnea

A córnea é um tecido translúcido que fica na superfície do olho. Ela protege a visão de ameaças externas e ainda funciona como uma lente por onde a luz entra e é focalizada.

Basicamente, existem três situações que costumam exigir um transplante de córnea: ruptura/ trauma, mudança em seu formato ou quando fica turva. O transplante de córnea é um procedimento cirúrgico no qual a córnea doente ou danificada é substituída por outra córnea de um doador, na sua totalidade (ceratoplastia penetrante) ou parte dela (ceratoplastia lamelar).

O acompanhamento oftalmológico regular é muito importante para a identificação precoce dos fatores de risco, que podem levar a uma descompensação da córnea e possível indicação para transplante.

Visite anualmente seu oftalmologista!

Anel Corneano

O anel corneano ou anel intraestromal é uma técnica de cirurgia para correção do Ceratocone. Apesar do nome, não é exatamente um anel. É um segmento de anel feito de um material biocompatível (PMMA) que é implantado na camada média da córnea, chamada estroma.

O implante está indicado para doenças da córnea em que ocorre alteração de sua curvatura, como no ceratocone e na degeneração marginal pelúcida, em casos avançados que não é possível a correção com óculos ou com adaptação de lentes de contato especiais.

A cirurgia é realizada no centro cirúrgico, com anestesia tópica (colírio) e o paciente tem alta no mesmo dia, sem necessidade de oclusão.

Atualmente, o Laser de Femtosegundo tem sido amplamente utilizado para realização deste procedimento, melhorando a segurança e o resultado dos mesmos.

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